Se você é um fã de cinema, provavelmente está acompanhando a temporada de premiações que acontece todos os anos. O Oscar é, sem dúvida, o evento mais importante da indústria cinematográfica mundial. E uma das categorias mais interessantes e diversificadas é a de Melhor Filme Estrangeiro.

Este ano, foram indicados cinco longas-metragens surpreendentes e muito diferentes entre si: The Square (Suécia), Loveless (Rússia), On Body and Soul (Hungria), The Insult (Líbano) e A Fantastic Woman (Chile). Todos eles merecem ser reconhecidos pelo seu valor artístico, mas eu tenho um favorito pessoal: A Fantastic Woman, dirigido pelo chileno Sebastián Lelio.

Este filme é uma obra-prima em muitos sentidos. Primeiro, é uma história emocionante e profundamente humana, centrada na personagem de Marina, uma transexual que sofre preconceito e discriminação após a morte repentina de seu companheiro. O roteiro explorará temas como identidade de gênero, luto, amor e justiça social. São questões muito relevantes para a nossa época, e que merecem ser discutidas no cinema.

Outro ponto forte de A Fantastic Woman é a direção de Lelio. Ele cria uma atmosfera elegante, sofisticada e muitas vezes sublime, que contrasta com a dureza da realidade enfrentada pela protagonista. A fotografia é deslumbrante, com belas cenas noturnas nas ruas de Santiago do Chile, bem como sequências emocionantes em casas funerárias e hospitais.

As performances dos atores também são excepcionais. Daniela Vega, que interpreta Marina, é uma estrela em ascensão do cinema chileno, uma atriz talentosa e carismática que transmite toda a gama de emoções da sua personagem com perfeição. Francisco Reyes, que faz o papel de seu namorado morto, é igualmente impressionante, hábil em transmitir a sensação de que a história não terminou com a sua morte, mas continua a ecoar na vida de Marina.

Por fim, A Fantastic Woman é uma celebração da diversidade e da inclusão cultural. É um filme que representa o melhor do cinema mundial contemporâneo, capaz de retratar histórias únicas e universais ao mesmo tempo. Por todas essas razões, este é o meu filme favorito ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2018.

Em conclusão, o cinema estrangeiro tem muito a oferecer ao público internacional, enriquecendo nossa compreensão do mundo e de nós mesmos. É importante que os Oscar e outros prêmios valorizem cada vez mais essa diversidade cultural e artística, promovendo o diálogo intercultural e a promoção de valores humanos universais. A Fantastic Woman é apenas um exemplo do enorme potencial do cinema para atingir esses objetivos.